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Resumo

A linguagem nas redes sociais constitui-se como um fenômeno discursivo de alta complexidade, em que práticas de comunicação digital reconfiguram modos de interação, identidade e produção de sentido. Este artigo tem como objetivo analisar como os discursos digitais operam na construção do sujeito e na performatividade identitária, considerando as dinâmicas ideológicas e sociotécnicas que moldam a comunicação no ciberespaço. Fundamenta-se em autores da Análise Crítica e Dialógica do Discurso, como Acosta Pereira e Oliveira (2022) e Assis (2024), articulando discussões sobre algoritmos, humor, misoginia e discursos de ódio nas plataformas digitais (Possenti, 2023; Lima, 2024; Araújo, 2024). A pesquisa, de natureza qualitativa e caráter bibliográfico, foi desenvolvida com base em produções publicadas entre 2021 e 2025, indexadas em bases como SciELO, RedALyC e Google Acadêmico. Os resultados indicam que o ambiente virtual favorece a emergência de novas formas de enunciação e de performatividade discursiva, nas quais o sujeito se constrói por meio da visibilidade, da interação e da constante negociação de sentidos. Assim, evidencia-se que a linguagem digital não apenas reflete, mas (re)produz práticas sociais, ideológicas e identitárias que redefinem o espaço público contemporâneo.